domingo, 1 de maio de 2011

OS CEARENSES E A CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR

A Confederação do Equador foi o mais importante movimento republicano e autonomista do Brasil, pois contou com a adesão de múltiplas províncias. Ocorrido no início do século XIX, teve os estados de Pernambuco, seguido pelo Ceará como palcos principais, se estendendo principalmente para a Paraíba e Rio Grande do Norte. O movimento foi uma oposição aos desmandos do Imperador D. Pedro I, ao outorgar a Constituição de 1824. Os cearenses tiveram papel decisivo na difusão do movimento, muitos pagaram com a própria vida.

Padre Mororó

Comandadas pelo groairense Padre Mororó — que, além de liderar, participar e subscrever aquela memorável ata, determinou que fossem enviadas deputações a outras Vilas para comunicar e conseguir adesão, como de fato sucedeu — as Câmaras das Vilas de Icó, Aracati e São Bernardo das Éguas Russas aderiram de imediato à causa, reproduzindo e fortalecendo o movimento que daí se espalhou por toda a província do Nordeste.

"No Ceará, mais precisamente na cidade de Campo Maior de Quixeramobim, era proclamada a primeira República do Brasil, no dia 9 de janeiro de 1824, 06 (seis) meses antes da do Recife, 07 (sete) meses antes da de Fortaleza e 65 (sessenta e cinco) anos antes da República proclamada pelo Marechal Deodoro, em 1889. A primeira República proclamada no Brasil em janeiro de 1824, quando a Câmara, seguida pelo Clero, a Nobreza e o Povo de Campo Maior de Quixeramobim, liderados pelo groairense(*), Inácio Gonçalo Loyola de Albuquerque Melo, (Pe. Mororó), considerou decaída a Dinastia Bragantina e reconhecendo o Governo Republicano, sinalizava-se, assim, o primeiro brado de protesto contra a decisão do então Imperador D. Pedro I, implantando, a partir dos sertões do Ceará, para todo o Brasil, uma República Estável e Liberal". (Texto do Blog do Macario - http://macariobatista.blogspot.com/2010/11/este-feriado-nao-vale-para-o-ceara.html)

Bárbara de Alencar

O movimento foi liderado ainda pelos cratenses Bárbara de Alencar e seus filhos José Martiniano e Tristão Gonçalves, do sergipano de Santo Amaro da Brotas, Pereira Filgueiras e tantos outros heróicos e valentes conterrâneos. Os líderes escolheram apelidos com nomes da fauna e flora da caatinga no intuito de confundir as tropas imperiais. Todos escondidos por trás de alcunhas como Alecrim, Anta, Araripe, Aroeira, Baraúna, Beija-flor, Bolão, Carapinima, Crueira, Ibiapina, Jaguaribe, Jucás, Manjericão, Mororó, Sucupiras, Oiticica. E, mesmo cientes de que a luta poderia lhes trazer serias conseqüências, foram adiante. De fato, muitos pagaram com a vida, nas ruas do Icó e Fortaleza.
 
Fontes:

5 comentários:

  1. Oi, Cearense
    Fiz uma postagem, sobre a participação de meu trisavô, Antônio Bezerra de Sousa e Menezes,( avô de Adolfo Bezerra de Menezes e de meu bisavô-Manuel Soares Bezerra de Menezes- que teve a condenação à morte comutada em prisão perpétua,
    na Cofederação do Equador. Fiz um capítulo e darei continuidade em breve, com a parte dois.
    O título do post é: A Confederação do Equador: 186 anos depois.
    Esses assuntos, são de suma importância.
    Um abraço

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  2. Lúcia,
    Irei republicar o teu "post" aqui no Blog.
    Um abraço

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. Com muito orgulho sou descendente de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe estou divulgando um excelente livro "BRADOS RETUMBANTES DE UMA VIDA ", que foi lançado no dia 23 de novembro de 2011, no auditório da Reitoria da Universidade Estadual do Ceará, Campus do Itapei, Fortaleza-Ce, o livro "BRADOS RETUMBANTES DE UMA VIDA: Trajetória de Pedro Jaime, o Primogênito de Tristão Gonçalves de Alencar Araripe". Trata-se de uma biografia romanceada daquele que foi " O MAIS JOVEM REVOLUCIONÁRIO BRASILEIRO SOBREVIVENTE DA CONFEDERAÇÃO DO EQUADOR" apelidado de " SOLDADINHO DO ARARIPE", que também foi o "PRIMEIRO PROFESSOR PÚBLICO DO SERTÃO CENTRAL CEARENSE", responsável pela cadeira de primeiras letras da Escola Pública Masculina de Quixeramobim, construída à época do primeiro império.
    O livro focaliza também a infância e a trajetória de Tristãozinho, ou "Pitit", irmão e aluno favorito de Pedro Jaime, que veio a ser o Conselheiro Tristão de Alencar Araripe, um dos mais ilustres cearenses de todos os tempos, o primeiro Presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Presidente da Província do Rio Grande do Sul, Presidente da Província do Pará, Ministro da Fazenda, Ministro do Interior e por fim Ministro do Supremo Tribunal Federal cargo no qual aposentou-se.O livro foi escrito e publicado pela advogada e engenheira agrônoma Maria Helena Alencar, em parceria com o arquiteto Guarani Valença de Araripe.

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